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A dois dias da Copa, veja quais são as maiores ameaças ao sucesso do evento

OS DOIS LADOS DA COPA

Na medida em que se aproxima a próxima quinta-feira, dia do início da Copa do Mundo do Brasil, uma das maiores preocupações em relação à preparação do país para o evento - a construção dos estádios que receberão os jogos - vai deixando de ser o principal fator de risco para o sucesso do Mundial. As arenas nas 12 cidades-sede estão aptas a receber os jogos, ainda que mais caras do que o previsto e com problemas de acabamento.

A poucos dias do evento, o que mais preocupa as autoridades brasileiras e da Fifa são questões ligadas a mobilidade urbana, acesso aos locais do evento, pleno funcionamento dos serviços de transporte nos municípios e toda a operação envolvida na realização de um jogo de Copa do Mundo.

Na última segunda-feira, os metroviários da maior cidade do país e palco da abertura da Copa, São Paulo, decidiram suspender uma greve que tinha tido início no último dia 5 e colocado o trânsito na cidade sob o império do caos. Mas nada garante que a paralisação não será retomada. O sindicato da categoria irá tentar reverter na Justiça uma decisão contrária à greve, proferida no último dia 8. Na próxima quarta, dependendo do resultado do recurso, os metroviários irão decidir se retomam ou não a greve, a um dia da abertura da Copa.

Assim como São Paulo, outras cidades-sede estão convivendo com paralisações, ameaças de greve em serviços essenciais e problemas operacionais às vésperas do Mundial. Veja quais são os principais focos de problema que poderão influenciar negativamente a realização da Copa no Brasil.


Greves em serviços essenciais

Não é só em São Paulo que movimentos paradistas por melhores salários desafia as autoridades públicas na véspera da Copa. No Rio de Janeiro, segunda maior cidade do país e palco da final do torneio, também convive com a ameaça de paralisação de seu sistema metroviário.

Na última segunda-feira, os metroviários cariocas decidiram, em assembleia, entrar em estado de greve. Isso significa que uma paralisação pode ser deflagrada a qualquer momento. De acordo com o sindicato da categoria, há uma negociação infrutífera com a empresa que se arrasta desde março. Agora, na semana da Copa, as duas partes têm se reunido quase diariamente. Na tarde desta terça-feira, haverá mais uma assembleia dos metroviários, onde uma paralisação imediata será posta em votação.

Em Recife, o sindicato dos enfermeiros anunciou na última segunda-feira que os profissionais irão cruzar os braços por 48 horas em plena Copa do Mundo, nos próximos dias 18 e 19 de junho, caso as autoridades não sentem para negociar a pauta de reivindicações da categoria.

A pauta contém 36 itens, que vão desde a reposição da inflação nos salários até a compra de remédios e equipamentos que estariam faltando em hospitais públicos. Até agora, a proposta patronal é de um reajuste de 2,8%. O sindicato anuncia que haverá nova assembleia no dia 19, desta vez para colocar em votação uma greve geral por tempo indeterminado.

Já no Rio Grande do Sul, a Prefeitura de Porto Alegre convive com uma greve dos servidores municipais que já dura mais de uma semana. Na área da educação, mais de 70% das escolas estão fechadas ou funcionando parcialmente.Na saúde, o atendimento é parcial em unidades básicas, mas nenhum hospital zerou os atendimentos. Já o Departamento Municipal de Água e Esgotos está operando apenas na manutenção de serviços essenciais.

A prefeitura já anunciou que o ponto dos grevistas está cortado e que, apesar de ainda admitir negociar com os servidores para encerrar o movimento, não está aberta à ampliação do reajuste salarial oferecido, da ordem de 6,3%.


Segurança pública

Paralisações de categorias ligadas à segurança preocupam algumas cidades-sede. Em Cuiabá, o governador de Mato Grosso, Silval Barbosa, participou na última segunda-feira de uma reunião de mais de sete horas com representantes de policiais militares do Estado, que ameaçam entrar em greve durante a Copa, ainda que a lei proíba tal ação.

Os militares querem reajuste salarial e equiparação da carreira à da Polícia Civil de Mato Grosso, que teria vantagens sobre à da PM. Governo e policiais saíram do encontro de sete horas dizendo que não houve acordo, mas que sim avanço nas negociações. A categoria vota se entra ou não em greve em assembleia geral que acontece na tarde desta terça-feira.

Já em Manaus, são os policiais civis que estão insatisfeitos e ameaçando parar durante a Copa. Na última segunda-feira, Moacir Maia, presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil do Estado do Amazonas, afirmou que a categoria irá cruzar os braços na próxima sexta-feira, mantendo apenas 30% do efetivo trabalhando, por questões legais.

FONTE-UOL


 

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