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Astro do Barça e parça de Neymar, mas chateado com a torcida brasileira

Astro do Barça e parça de Neymar, mas chateado com a torcida brasileira

Ao ouvir que concederia entrevista a um veículo de imprensa brasileiro, Cesc Fàbregas disse: "espero que não tenha raiva de mim". A frase foi dita em tom de brincadeira, mas serve para ilustrar a mágoa do jogador espanhol de 26 anos com o comportamento da torcida do Brasil nos jogos da Espanha na Copa das Confederações no ano passado.

Fàbregas esteve na última sexta-feira num evento em Barcelona de um dos seus patrocinadores, que lançava um novo modelo de chuteiras. Ali, conversou com um grupos de cinco jornalistas, entre eles o UOL Esporte, que fez o papel de representante brasileiro. Depois das apresentações, o meia disse estar preparado para ser hostilizado na Copa do Mundo no Brasil.

"Aprendi na Copa das Confederações que o Brasil tem muita raiva da Espanha. De uma certa maneira foi decepcionante. Jogamos em Pernambuco, nos vaiaram, em Fortaleza, nos vaiaram, Rio de Janeiro, nos vaiaram", reclamou o jogador do Barcelona.

"Só que isto quer dizer que a Espanha está jogando bem e é temida. Isso é o nosso respeito, pois todo o Brasil crê que Espanha é o principal rival. Agora teremos que tomar isso como aprendizado e seguir focado e treinando para ganhar esse Mundial tão especial", complementou.

Fàbregas está acostumado à pressão. No evento do patrocinador em que disputou jogos individuais contra o alemão Marco Reus, do Borussia Dortmund, e o italiano Mario Balotelli, do Milan, foi o último colocado em duelos de potência de chute e pontaria, chegando a chutar um pênalti para fora. Tentou retratar a situação com algum humor: "sinto mais pressão estando aqui do que em campo". A gozação parece ter sentido.  

O meia tem nove títulos na carreira, é o único jogador do Barcelona a disputar todas as cinco partidas do ano como titular e já participou de duas Copas do Mundo, sendo a primeira em 2006, na Alemanha, então com 19 anos. Ele é o autor do passe para o gol de Iniesta na vitória de 1 a 0 da Espanha sobre a Holanda na decisão da Copa de 2010 na África do Sul. "Já passei de tudo com a seleção da Espanha e é bom saber o que vamos encontrar na Copa no Brasil", avisou.

O jogador catalão viu a torcida brasileira fazer a festa na final da Copa das Confederações com vitória de 3 a 0 sobre a Espanha no Maracanã. O comportamento dos torcedores ajuda em sua avaliação de que o Brasil é o principal favorito para a conquista do título. Uma possível surpresa não é considerada. E a chance de título da finalista da edição passada e primeiro adversário da Espanha na Copa de 2014, a Holanda, foi descartada.

"O Brasil tem uma seleção muito capacitada para ganhar o Mundial. Vejo uma equipe muito poderosa e com torcida vibrante, uma combinação que o coloca como favorito. Só que com boas condições também vejo a Espanha, Argentina, Alemanha e Itália. Entre essas cinco vai sair o ganhador. São as seleções mais competitivas e com os melhores jogadores", opinou.

 

Empolgação com Neymar

Muito do respeito de Fàbregas pela seleção brasileira se deve a Neymar. Com cinco meses atuando juntos no Barcelona, o espanhol ficou impressionado com a habilidade do atacante e o comparou com um ídolo do clube: o holandês Johan Cruyff.

"Vi muitos vídeos e histórias do (Johan) Cruyff e posso dizer que o Neymar lembra muito a mudança de ritmo que tinha o Cruyff. Impressionante como vejo como igual. Ele pode correr muito nos primeiros metros, parar e acelerar quando quiser. Isso faz com que me recorde muito do que vi do Cruyff. É impressionante a velocidade com que conduz a bola e executa os movimentos. Os únicos que podem fazer isso a esta velocidade no nosso time são ele e Leo (Messi)", disse Fàbregas.

Assim como Neymar, Fàbregas também conviveu com a responsabilidade de ser considerado uma das maiores promessas do país quando atuava nas categorias de base. Ele é formado no Barcelona, mas ganhou fama internacional com grandes exibições pelo Arsenal e atualmente atua com a camisa 4 do ídolo Guardiola no clube catalão.

"Neymar ainda é muito jovem e precisa melhorar algumas coisas. Mas isso acontece com todos os grandes jogadores. O Barcelona tem um sistema de jogo muito especial, e isso se passou comigo, com Leo (Messi), com (Thierry) Henry e outros jogadores. Neymar teve uma fase de adaptação muito boa e eu sobretudo destaco o seu atrevimento. Para ele dá no mesmo que tenha muita pressão, que lhe digam que é o melhor. Ele só quer jogar" analisou o espanhol.

"Ele (Neymar) cumpriu todas as expectativas. Um grandíssimo jogador, que tem condições de ganhar tudo em nível individual no futuro", complementou.


 

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