Criticadas pelo excesso de passividade, as autoridades espanholas entraram em ação nesta terça-feira para lutar contra o racismo no futebol, dois dias após o episódio mais recente de insultos sofridos pelo atacante brasileiro Vinicius Junior, do Real Madrid, o que gerou uma onda de indignação internacional.
Após as primeiras reações na segunda-feira, quando as críticas ao ataque contra o brasileiro chegaram de todo o mundo, e da abertura de uma investigação pela Procuradoria de Valência por suposto crime de ódio, novas ações foram anunciadas nesta terça-feira.
A polícia espanhola anunciou a detenção de três jovens em Valência suspeitos de "comportamentos racistas ocorridos no domingo passado no jogo entre Valencia CF e Real Madrid" no estádio Mestalla, onde o atacante foi vítima de insultos e gritos de "macaco". Posteriormente, após algumas horas presos, os três foram soltos e terão que comparecer em tribunal quando solicitados.
As críticas de Vini após o caso de domingo provocaram muitas reações no exterior e na Espanha, onde o racismo nos estádios, e em parte da sociedade, é denunciada há muitos anos por jogadores e associações antirracistas, que consideram que o problema não é tratado com seriedade no país.
Em um comunicado, o Conselho Superior dos Esportes (CSD) anunciou que pretende apresentar a proposta, tanto à Federação Espanhola de Futebol como para LaLiga, "o desenvolvimento de uma campanha de conscientização" direcionada aos torcedores, assim como "ações pontuais" para lutar contra o "flagelo do racismo" e "para combater os discursos de ódio no esporte".
- Temos que dizer claramente que som