A outra novidade nas orientações foi o retorno do spray de demarcação de linhas, notícia publicada primeiramente pela "Gazeta Esportiva". Objeto central de uma briga que corre na Justiça brasileira, a ferramenta não foi utilizada no último ano porque a CBF não se entendeu com a empresa que detinha a patente sobre ela, a Spuni Comércio de Produtos Esportivos. Coincidência ou não, houve aumento significativo em cobranças de falta que pararam nas barreiras.
Este ano, a CBF pôde adquirir os sprays porque a patente da empresa expirou em outubro, e o produto passou a ser de domínio público. Serão disponibilizados nesta temporada duas latinhas de spray para cada partida organizada pela CBF, conforme o que diz o item 4.9 do ofício. Na vitória do Flamengo sobre o Palmeiras, pela Supercopa do Brasil, e nos primeiros jogos da Série B do Brasileirão já foi possível ver os árbitros com posse da ferramenta.
Para o Brasileirão 2021 que começa neste sábado, a CBF orientou seus árbitros a combater com mais vigor as "reclamações veementes" tanto de jogadores quanto de membros da comissão técnica. Além disso, a arbitragem voltará a fazer uso dos sprays de barreira, ferramenta dispensada na última temporada.
Como é costume em todo início de temporada, a Comissão de Arbitragem encaminhou para seus árbitros e assistentes na semana passada um ofício contendo as principais orientações que devem ser seguidas nas competições que estão começando agora. O documento com 10 páginas é assinado por Leonardo Gacima, presidente da comissão.
O principal acréscimo às regras com relação à temporada anterior diz respeito ao controle que o árbitro deve manter sobre o jogo. Logo no seu item 2, o ofício (que vale para todas as competições sob o guarda-chuva da CBF) diz o seguinte:
"A CA-CBF reforça as orientações passadas em recente workshop, a respeito da aplicação rigorosa da regra do jogo relativo às reclamações veementes oriundas tanto dos integrantes das áreas técnicas, quanto dos atletas no campo de jogo. Este movimento visa colaborar com a imagem do futebol brasileiro. É imprescindível que as equipes arbitrais exerçam sua autoridade sem autoritarismo, mas com a firmeza que a regra determina".
