O Ministério do Trabalho cobrou no ano passado de 11 clubes das séries A e B do Campeonato Brasileiro mais de R$ 28 milhões de dívidas e pendências com o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). As notificações entregues aos clubes até 31 de dezembro referem-se a irregularidades no depósito dos encargos trabalhistas dos últimos 30 anos e que fazem parte de um montante de quase R$ 800 milhões devidos pelas principais agremiações esportivas do País à União.
Os clubes estão em uma lista de mais de 16 mil empresas notificadas pela pasta em 2016. O jornal O Estado de S.Paulo obteve a relação através da Lei de Acesso à Informação. Os clubes contestam a cobrança do Ministério do Trabalho.
O FGTS é equivalente a 8% do salário do funcionário, que o empregador tem de repassar à União todo mês. O dinheiro depois é devolvido ao trabalhador em caso de demissão sem justa causa, compra de imóvel, doença grave ou aposentadoria. Em 2016, estavam registrados na CBF 21 mil atletas em todo o País, além de 26 mil jogadores com vínculos não profissionais.
ALÉM DO FUTEBOL
Confederações e federações de esportes olímpicos também foram notificados pelo Ministério do Trabalho por não recolheram corretamente o FGTS. Para a Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), por exemplo, que recebe recursos públicos por meio da Lei de Incentivo do Esporte, a cobrança foi de R$ 210 mil.
FONTE-FUTEBOL INTERIOR