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DIFERENÇAS CULTURAIS - ‘Diálogo é o caminho para melhorar a educação’

DIFERENÇAS CULTURAIS - ‘Diálogo é o caminho para melhorar a educação’

As escolas e os educadores têm um grande desafio na educação das novas gerações, que crescem habituadas com mudanças constantes no dia a dia e na forma de enxergar o mundo em virtude do acesso cada vez mais fácil e abrangente aos meios de comunicação, sobretudo a internet. O caminho é se manter preparado para lidar com as situações de mudança e abrir espaço para aprender com os alunos. 

Para o psicólogo e professor Guilherme Davoli, o caminho para que o educador se adapte a essa nova realidade passa pelo diálogo. "Acho que essa é a palavra-chave de tudo que vai se falar sobre esse momento da educação. Há necessidade de um diálogo mais direto com as famílias e com a própria equipe de professores. A gente tem que estar o tempo todo buscando alternativas para que, a partir da experiência do outro, possamos assimilar novos conceitos", aponta. 

Davoli fará a abertura, no dia 22 de fevereiro, do Encontro Pedagógico Regional Sul do Sistema Maxi de Ensino, com educadores de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul, com o tema "Diversidade de gerações – a escola e os desafios da educação", que será realizado em Londrina. 

Qual o desafio da escola e da educação neste contexto de diversidade de gerações e conflito de culturas? 

O primeiro problema é que os educadores acabam não se preparando adequadamente para uma situação de mudança. Se você durante muito tempo tinha mudanças de atitude de geração a cada 30, 40 ou 50 anos, nos tempos atuais o que você tem encontrado é um conflito que ocorre em períodos muito curtos, de quatro ou cinco anos. O aluno que chega para a escola depois de alguns anos já não é mais aquele ao qual o professor estava habituado. E aí cabe ao educador e a todo o processo que gerencia o sistema de educação da escola parar para pensar sobre o que mudou nesta linguagem, independentemente de estar ou não gostando deste fato novo, e tentar trabalhar diante de um fato real. Não adianta simplesmente lamentar ou querer mudar aquilo que está se apresentando no dia a dia. 

Quando você vai para as capacitações que são oferecidas por universidades, acaba encontrando na maioria delas atividades somente voltadas para aspectos pedagógicos e na maioria das vezes nenhuma citação a respeito de qual conduta é a mais adequada, qual a aproximação mais adequada que o educador tem que ter com esse "novo" aluno. 

E qual caminho o educador precisa buscar para estar adaptado a essa nova realidade? 

Vai passar pelo diálogo. Essa é a palavra-chave de tudo que vai se falar sobre esse momento da educação. Há uma necessidade de um diálogo mais direto com as famílias e com a própria equipe de professores. A gente tem que estar o tempo todo buscando alternativas para que, a partir da experiência do outro, possamos assimilar novos conceitos. Quando a gente fala em atender o aluno não adianta eu imaginar que estou falando de um aluno de Londrina, Cuiabá, São Paulo. Hoje, pela questão da globalização e, especialmente pelo uso da internet, eles acabam tendo semelhanças muito grandes com relação a forma de se expressar e, inclusive, com relação a alguns aspectos de interesse no dia a dia. Interesse pela arte, música, esporte. Eu preciso estar ligado no que está acontecendo no País, no mundo. 


 

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